Sabe quando você entra numa loja de móveis planejados e sai com aquela sensação de “será que vou ter que vender um rim”? Pois é, você não está sozinho nessa!
De acordo com dados do IBGE sobre consumo das famílias brasileiras, móveis e eletrodomésticos representam cerca de 4,69% do orçamento familiar médio.
E olha só: os móveis planejados costumam ser o investimento mais pesado dessa categoria toda. Não é à toa que todo mundo fica preocupado com os valores.
A verdade é que o custo de móveis planejados para cozinha pode variar muito – estamos falando de valores que vão de R$ 5.000 até mais de R$ 50.000!
Essa diferença enorme acontece por vários motivos que vamos descobrir juntos ao longo deste artigo. E tem muita coisa que os vendedores não contam.
Neste artigo, vou te mostrar exatamente quanto você pode esperar gastar, baseado em dados reais de mercado e pesquisas com consumidores brasileiros.
E o melhor? Vou te ensinar a identificar o que realmente vale a pena e o que é só conversa de vendedor querendo aumentar a comissão dele.
Vamos direto ao ponto: quanto custa mesmo? Segundo dados compilados pela Associação Brasileira das Indústrias de Móveis (ABIMÓVEL), temos algumas faixas.
Para uma cozinha pequena de até 6 metros lineares, os valores começam em R$ 5.000 para projetos mais simples e podem chegar a R$ 15.000.
Já uma cozinha média, entre 6 e 10 metros lineares, fica entre R$ 12.000 e R$ 25.000, dependendo dos materiais e acabamentos escolhidos.
Cozinhas grandes, acima de 10 metros lineares, raramente saem por menos de R$ 20.000 e podem facilmente ultrapassar os R$ 50.000.
O metro linear é a forma mais comum de calcular o custo de móveis planejados para cozinha. Mas você sabe o que isso significa de verdade?
É simples: imagine que você vai medir todos os móveis da sua cozinha em linha reta. Cada metro dessa linha é um metro linear de móvel.
Segundo pesquisa de mercado realizada em 2024 nas principais capitais brasileiras, o preço médio por metro linear varia entre R$ 800 e R$ 3.500.
Os valores mais baixos, em torno de R$ 800 a R$ 1.200 por metro, geralmente são de móveis com MDP de 15mm e ferragens nacionais básicas.
A faixa intermediária, de R$ 1.500 a R$ 2.500 por metro, inclui MDF de 18mm, algumas ferragens importadas e acabamentos melhores.
Já os projetos premium, acima de R$ 2.500 por metro, usam MDF de 25mm, ferragens importadas de alta qualidade e acabamentos especiais.
Vamos ser práticos aqui: o tamanho da sua cozinha é o primeiro fator que vai definir o custo de móveis planejados para cozinha.
Uma cozinha compacta de apartamento, com cerca de 4 a 6 metros lineares, pode ter um projeto completo entre R$ 5.000 e R$ 12.000.
Mas atenção: cozinhas pequenas às vezes têm custo por metro mais alto porque precisam de soluções mais elaboradas para aproveitar o espaço.
Cozinhas médias, que são a maioria no Brasil, têm entre 6 e 10 metros lineares e custam em média entre R$ 12.000 e R$ 25.000.
As cozinhas grandes, acima de 10 metros lineares, são as que mais variam: podem ir de R$ 20.000 até valores que ultrapassam R$ 60.000.
Agora vem a parte que os vendedores não gostam muito de explicar: o que realmente faz o preço subir tanto de um orçamento para outro.
E olha, não é só o material não. Tem muita coisa escondida que pode fazer seu orçamento dobrar sem você perceber.
Você sabia que a espessura da chapa faz uma diferença enorme no preço e na qualidade? Pois é, e muita gente nem pergunta isso na hora do orçamento.
O MDP (aquele mais baratinho) geralmente vem em chapas de 15mm. É o material mais em conta, mas também o que menos dura ao longo do tempo.
Já o MDF, que é mais resistente e permite acabamentos melhores, normalmente é usado em espessuras de 18mm para projetos intermediários.
Para projetos premium, o MDF de 25mm é o padrão. A diferença de preço? Pode chegar a 40% a mais só pela mudança de espessura.
E tem mais: segundo dados da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a durabilidade aumenta em até 50% com chapas mais grossas.
Sabe aquela gaveta que desliza suavemente e fecha sozinha? Isso custa caro, viu! E é um dos principais fatores que encarecem móveis planejados.
Uma dobradiça nacional simples custa em média R$ 8 a unidade. Já uma dobradiça importada com amortecedor pode custar R$ 45 ou mais.
Agora multiplica isso por todas as portas da sua cozinha… Dá para entender porque o orçamento sobe tanto, né?
Os trilhos de gaveta seguem a mesma lógica: os nacionais simples custam cerca de R$ 25 o par, enquanto os importados telescópicos chegam a R$ 180.
E não é só luxo não! Testes do INMETRO mostram que ferragens importadas duram até 3 vezes mais em uso intenso.
Quanto mais detalhes e personalização você quiser, mais caro fica. É matemática simples, mas tem gente que se surpreende com isso.
Um projeto retinho, com portas lisas e sem muitos recortes, é o mais barato. Cada curva ou ângulo diferente aumenta o custo em cerca de 10% a 15%.
Iluminação embutida? Adicione pelo menos R$ 2.000 ao orçamento. Ilha central? Prepare mais uns R$ 5.000 a R$ 10.000 extras.
E aqueles nichos para eletrodomésticos embutidos que ficam lindos no Instagram? Cada um pode adicionar R$ 500 a R$ 1.000 no valor final.
Chegou a hora mais importante: como analisar um orçamento de verdade e saber se estão te passando a perna ou não.
Vou te dar um checklist completo do que você precisa perguntar e verificar antes de fechar qualquer negócio.
Primeira pergunta fundamental: “Qual a espessura e o tipo exato do material?” Não aceite respostas vagas como “MDF de qualidade”.
Segunda: “Quais são as marcas e modelos das ferragens?” Peça para ver catálogo e especificações técnicas de cada componente.
Terceira: “O que está incluído e o que é cobrado à parte?” Muitas empresas cobram extras por puxadores, rodapés e até pela entrega.
Quarta: “Qual o prazo de garantia de cada item?” A lei garante 90 dias, mas empresas sérias oferecem de 1 a 5 anos.
Quinta: “Quem faz a montagem e quanto custa?” Algumas empresas terceirizam e você pode ter surpresas desagradáveis depois.
Sexta: “Posso ver projetos já executados e falar com clientes anteriores?” Se a empresa hesitar, é sinal de alerta.
Nem tudo que está no projeto é realmente necessário. Vamos aprender a identificar o que vale a pena e o que é só para inflar o orçamento.
Essencial: armários para guardar utensílios, panelas e alimentos. Isso é o básico e não dá para abrir mão de jeito nenhum.
Importante mas não vital: gavetas internas, divisórias organizadoras e prateleiras extras. Melhoram muito o uso mas dá para adicionar depois.
Legal mas dispensável: iluminação de LED interna, lixeira embutida, suporte para taças. São charmes que você pode viver sem.
Totalmente supérfluo: acabamentos decorativos caros, puxadores de grife, fechamento eletrônico. Só se sobrar dinheiro mesmo.
Vou te contar uns segredos que aprendi conversando com vendedores e compradores experientes. Funciona mesmo, pode testar!
Sempre peça pelo menos 3 orçamentos diferentes. Isso te dá poder de barganha e você entende melhor os preços do mercado.
Mencione que está orçando com concorrentes, mas sem ser agressivo. Diga algo como “estou analisando algumas propostas” e veja a reação.
Pergunte sobre pagamento à vista. Muitas lojas dão de 10% a 20% de desconto para pagamento integral, mas nem sempre oferecem de primeira.
Final de mês e final de ano são as melhores épocas para negociar. Os vendedores precisam bater meta e ficam mais flexíveis.
Negocie o pacote completo, não item por item. É mais fácil conseguir desconto no valor total do que em cada componente separado.
Aqui está algo que pouca gente considera: o custo de móveis planejados para cozinha não termina no dia da compra.
E acredite, um pós-venda ruim pode transformar o “barato” em muito, muito caro. Vou te mostrar o porquê.
Dados do PROCON de São Paulo mostram que móveis planejados estão entre os 10 produtos com mais reclamações por defeitos após a entrega.
Uma porta que descola após 6 meses pode custar R$ 300 para consertar fora da garantia. Multiplique por várias portas e o prejuízo é grande.
Empresas confiáveis oferecem garantia de pelo menos 2 anos para a estrutura e 1 ano para ferragens. Algumas chegam a oferecer 5 anos.
O suporte técnico rápido também faz diferença: empresas boas resolvem problemas em até 48 horas, outras podem demorar semanas.
Vale a pena pagar 10% a mais por uma empresa com bom histórico de pós-venda do que economizar e ter dor de cabeça depois.
Vou contar uma história real que ilustra bem essa questão. Os nomes foram alterados, mas os valores e situações são verdadeiros.
Maria pagou R$ 8.000 em uma cozinha “barata” de 6 metros. João pagou R$ 12.000 em uma empresa estabelecida pelo mesmo tamanho.
Após 8 meses, 3 gavetas de Maria quebraram. A empresa havia fechado. Custo para consertar: R$ 1.800 com outro marceneiro.
Depois de 1 ano, as dobradiças começaram a falhar. Mais R$ 600 para trocar todas. O revestimento descascou: mais R$ 2.000.
Total de Maria: R$ 8.000 + R$ 4.400 em reparos = R$ 12.400. E a cozinha ainda tem problemas constantes.
João teve um problema em uma gaveta após 2 anos. A empresa trocou gratuitamente em 2 dias. Custo extra: zero.
Móveis planejados bem feitos duram facilmente 10 a 15 anos. É um investimento de longo prazo que precisa ser pensado com cuidado.
Pesquisas do setor imobiliário mostram que cozinhas planejadas podem valorizar um imóvel em até 5% do valor total.
Além disso, uma cozinha bem organizada economiza tempo: estudos indicam redução de até 30% no tempo gasto procurando utensílios.
O desperdício de alimentos também diminui quando temos boa organização. Famílias relatam economia de até R$ 200 mensais em compras.
Ou seja, o custo de móveis planejados para cozinha pode se pagar ao longo do tempo através dessas economias indiretas.
Não adianta copiar a cozinha da revista se ela não funciona para sua rotina. Cada família tem necessidades diferentes.
Você cozinha todos os dias ou pede delivery? Recebe muitas visitas ou é mais reservado? Tem crianças em casa? Tudo isso importa.
Para quem cozinha muito, investir em gavetas com divisórias e organizadores vale cada centavo. Para outros, pode ser desnecessário.
Famílias com crianças devem priorizar materiais resistentes e cantos arredondados, mesmo que custem um pouco mais.
Pense em como você usa a cozinha hoje e como gostaria de usar. O projeto ideal é o que facilita sua vida, não o mais bonito.
A escolha do profissional é tão importante quanto o projeto em si. Vou te dar dicas práticas de onde procurar.
Comece pedindo indicações para amigos e familiares. Experiências reais são mais confiáveis que propaganda.
Visite mostras de decoração e feiras do setor. Você vê o trabalho ao vivo e conversa diretamente com os profissionais.
Pesquise a empresa no Reclame Aqui e nos órgãos de defesa do consumidor. Veja como resolvem problemas quando eles aparecem.
Peça para visitar uma cozinha já montada há pelo menos 1 ano. Assim você vê como o móvel envelhece e se mantém a qualidade.
Desconfie de preços muito abaixo do mercado. Geralmente significa material inferior ou empresa que pode fechar em breve.
Depois de tudo que vimos, algumas coisas ficam bem claras sobre o custo de móveis planejados para cozinha.
Primeiro: o preço varia mesmo muito, de R$ 800 a R$ 3.500 por metro linear, e isso depende principalmente do material e das ferragens.
Segundo: o que encarece móveis planejados nem sempre é visível. Espessura do material, qualidade das ferragens e complexidade fazem diferença.
Terceiro: o barato pode sair muito caro. Empresas sem estrutura de pós-venda podem te dar prejuízos enormes no futuro.
Quarto: fazer as perguntas certas é fundamental. Use nosso checklist e não tenha vergonha de questionar cada detalhe.
Quinto: este é um investimento de longo prazo. Vale a pena gastar um pouco mais para ter qualidade e durabilidade.
Por fim, lembre-se que o melhor projeto é aquele que atende suas necessidades reais, não o que fica mais bonito no Instagram.
Com informação e planejamento, você consegue fazer uma escolha consciente e ter a cozinha dos sonhos sem pesadelos no orçamento!
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